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As Margaridas, um recado do Senhor!

Foto do escritor: Cláudia Zorat C. FariaCláudia Zorat C. Faria
O nome “margarida” provém do latim “margarita”, que significa “pérola” devido à aparência das flores, que lembram pequenas pérolas brancas. Simbolizam pureza, inocência e amor verdadeiro.
No inglês é conhecida como “daisy”, palavra originária do inglês antigo “daeges eage”, que significa “olho do dia” referindo-se à aparência da flor, que parece um olho aberto para o sol.
cartão branco com desenho de flores do campo em lápis de cor. Atrás um envelope amarelo.
Flores do Campo

Na verdade, as margaridas têm uma simbologia particular muito específica e especial em minha vida, e me remetem à momentos de plenitude, felicidade e comunhão familiar; vividos no período da minha infância, geralmente nas tardes aos fins de semana.

Me lembro como hoje, nossos avós maternos chamando, a mim e as minhas irmãs, para darmos uma volta caminhando pelo bairro onde morávamos em São Paulo. Eles gostavam de passear pelas ruas tranquilas, arborizadas, com calçadas largas, de casas bem cuidadas e cheias de flores de todos os tipos nos jardins. Não íamos muito longe, porque éramos muito pequenas, mas a alegria que tínhamos era a de simplesmente passear, e aproveitar o clima agradável das tardes de primavera na década de 70. Nem esperávamos que fechassem o portão e já saíamos correndo, eu e minha irmã Sandra; e, logo atrás, nossos avós segurando pelas mãos a minha irmã menor Elaine e falando: “Não corram, nem atravessem a rua, esperem...”


Nossa avó já tinha mais de 65 anos de idade, e nosso avô estava com 78, eles se alegravam com as netas de 8, 6 e 3 anos aproveitando essas caminhadas de domingo à tarde ou às vezes aos sábados, que aconteciam na primavera, nos meses de setembro a dezembro. Dificilmente meus pais iam conosco, creio que era o momento que tinham para descansar ou até mesmo conversarem algo sem a presença eletrizante de três meninas pequenas! Costumávamos passear por pouco mais de uma hora, e então, voltávamos. Andávamos por todo o bairro, pelas ruas laterais e adjacentes à nossa; e foi assim, que começamos a conhecer melhor toda a região onde morávamos, e penso que não podíamos ter, na época, guias melhores do que nossos avós que já residiam no local há mais de 40 anos! 


Entretanto, o curioso é que quase sempre, durante a volta do passeio, nossa avó pedia: “Vamos escolher flores bem bonitas para eu enfeitar a sala, e também algumas mudas para plantarmos em nosso jardim!” E então, pegávamos flores das calçadas, sim, na época as calçadas tinham canteiros inteiros de flores lindas, de vários tipos e tamanhos; eram pequenas, grandes, miosótis, rosas, e tantas outras que me lembro, mas não conheço o nome. Porém, havia uma delas que me marcou e vai ficar na memória para toda a vida! As margaridas!


Ora, todas as plantas e flores eram lindas, mas as margaridas brancas de miolo amarelo eram especiais; porque eram exatamente elas que a nossa avó separava para enfeitar a sala. Me lembro de nós levando plantinhas variadas para casa, e da nossa avó colhendo pequenas margaridas e eu ajudando-a tendo, em minhas pequeninas mãos, algumas delas a mais como prevenção... vai que faltem para o vaso!” – pensava eu!


Voltávamos felizes, cheios de alegria pela tarde proveitosa, eram duas gerações em plena harmonia e comunhão; a primeira formada pelos meus avós e a terceira composta por mim e minhas irmãs. Não é à toa que a margarida simboliza pureza, inocência e amor verdadeiro! Era exatamente isso o que compartilhávamos naquela época.


O tempo passou, e hoje completo 55 anos de idade, que saudade! Se passaram 47 anos dessa memória, meus avós se foram, minha irmã mais nova e minha mãe também não estão mais aqui. Foram tempos incríveis, cheios de plenitude da infância e momentos inesquecíveis – doces recordações que eu não tinha mais tempo para lembrar.


Porém, hoje pela manhã, o interfone tocou e a portaria do edifício onde moro me avisou que tinha chegado uma encomenda para mim. Desci e pensei, quem será que me enviou algo?


Chegando lá, me deparei com uma sacola e um lindo arranjo de flores: “margaridas brancas”. Meu Deus, pensei, quem teria enviado? Eu tinha uma leve desconfiança, mas preferi esperar e ler a mensagem antes. Já na minha sala, abrindo a mensagem fui às lágrimas, eu tinha acertado, as flores eram da Diane, uma querida ex-aluna minha das turmas de inglês (2019), para quem eu havia contado essa passagem da minha infância! Ela sempre me dizia nas aulas: “guardo histórias e amizades – que são boas – pra vida, eu levo pra vida toda!” 


uma sacola banca com alças pretas, dentro um  vaso de flores contendo margaridas brancas com miolo amarelo
Presente de Aniversário

Depois de agradecer a ela – e enxugar as lágrimas de alegria – fui buscar na Bíblia a Palavra que Deus me daria para o dia de hoje, e estava em Cantares de Salomão: “Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.” (Ct 2.11-12 – ACF).


Busquei os versículos em outra versão:

11 Porque já passou o Inverno; a chuva parou, foi-se.

12 As flores começam a brotar nos campos;

é o tempo dos cantos dos pássaros.

Sim, chegou a Primavera.

Cantares de Salomão 2.11-12

Versão: O Livro.


Que coisa incrível o recado do Senhor!

O Senhor está falando não dos tempos de idade cronológica ou da estação do ano em que estamos – no Brasil, agora é verão –, Ele está sinalizando a estação da vida d’Ele em nós! A estação que Ele quer que comecemos a viver, a estação em que vamos entrar neste período de nossa vida individualmente! Estes versículos não são somente para mim, é bem verdade que não vão servir para todas as pessoas, pois cada uma está em estações diferentes da vida. Porém, eles servem para as pessoas que estão passando por um longo período de inverno em sua vida!


Deus está dizendo que depois do inverno, vem a primavera, e que a esperança n’Ele é real. O Senhor está mostrando o quanto é seguro confiar n’Ele, pois foi Ele quem estabeleceu as estações e os tempos e, através deles, temos entre tantas coisas, a sinalização do plantio e da colheita. O Senhor está falando que, o que foi plantado, não importando o tempo que se passou desse plantio, será colhido! Mas que nós precisamos confiar n’Ele porque, como a colheita vem quando semeamos na terra fértil, ela virá também em nossa vida sem falhar. Resta saber o que estamos plantando, se coisas boas ou ruins.


Se você plantou coisas boas, aguarde o tempo de Deus, que Ele te responderá com uma colheita abundante e agradável; e continue agindo assim, pois o Senhor te honrará.

Para mim, o recado do Senhor veio de maneira literal: margaridas plantadas num vaso, pedindo para que eu recordasse o cuidado do Senhor em minha vida!


Se você plantou coisas ruins (saiba que eu também já plantei), não desanime e nem se desespere; peça perdão ao Senhor, se arrependa confessando a Ele seu plantio ruim, e ore a Ele para que te dê força e sabedoria para mudar daqui para frente. Peça ao Espírito Santo que te guie e comece a plantar o que agrada ao Senhor; assim, você mudará a sua colheita futura colhendo o bem de Deus em sua vida!

Um arranjo de margaridas em uma mesa
Recado do Senhor

Com esse presente o Senhor me mostrou que o que eu vivi, até agora, não ficou esquecido, não foi em vão para mim. O presente que recebi me trouxe uma memória de um cuidado de Deus para minha vida. Momentos de alegria e felicidade que eu tinha esquecido completamente, e que o Senhor me trouxe à memória! O recado d’Ele para mim com este presente é claro: Lembre-se de Mim, pois Sou Seu Pai amoroso e cuido de você, confie e tenha esperança na Minha promessa para sua vida, porque ela se cumprirá no tempo certo!

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. Lamentações 3.21 – ARA.

E você, depois de ler sobre este recado do Senhor,

o que vai trazer a partir de agora à sua memória?

 

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